Em 1798 o frei José Mariano da Conceição Velloso lançava a obra O Fazendeiro do Brasil. Classificando de primitiva a agricultura brasileira, Velloso despreza o arcaísmo das relações sociais e os seus desdobramentos no processo produtivo. O desperdício, seja de recursos naturais ou humanos, era visto como formas de fartura e prodigalidade. Com relação aos recursos naturais, o autor condena veementemente a destruição do patrimônio natural, apontando as consequências ambientais e econômicas. Trata-se de uma das primeiras vozes contra o sistema espoliativo colonial.

Palavras-chave: Manuais de agricultura, agricultura colonial, recursos florestais, história colonial.

In 1798 Frei José Mariano da Conceição Velloso launched the book O Fazendeiro do Brasil. Besides classifying Brazilian agriculture as primitive, Velloso despises the archaism of social relations and their deployment in the production process. The waste, whether natural or human resources, was seen as forms of plenty and prodigality. With respect to natural resources, the author strongly condemns the destruction of natural heritage, pointing out the environmental and economic consequences. This is one of the first voices against the exploitative colonial system.

Key words: Agricultural manuals, colonial agriculture, forestry, colonial history.

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“As matas são finitas”: a visão de frei Velloso em O Fazendeiro do Brasil sobre a Mata Atlântica